sexta-feira, agosto 04, 2006

Flora do Cabo da Roca

A variedade da vegetação de um local passa-nos muitas vezes ao lado quando não é exuberante. Contudo, se nos aproximarmos das coisas podemos descobrir nelas grande beleza. As imagens aqui registadas da flora do Cabo da Roca constituem apenas um pequeno testemunho do que se pode encontrar no local sem qualquer esforço.




















Imagens de Mário Chainho.


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quinta-feira, agosto 03, 2006

Cabo da Roca na Primavera

Talvez por ser o ponto mais ocidental na Europa continental, o Cabo da Roca é visitado regularmente por grupos de turistas de várias partes do mundo, bem como um ponto de encontro e local de concentrações. Por ser visto exactamente como um ponto, a maior parte dos visitantes não se dá ao trabalho de explorar o local e desconhece as suas belezas escondidas. É preciso notar que para conhecer o que de mais interessante tem a zona do Cabo da Roca é preciso ter algum tempo disponível e estar preparado para algum nível de esforço físico. Este artigo é o resultado de duas viagens ao local na Primavera, a estação mais apropriado para se andar por estas paragens.

Turista Japonês a norte do Cabo da Roca, por Mário Chainho.



O primeiro percurso realizado foi em direcção à Malhada do Ouriçal. Seguimos junto à berma no sentido sul. O percurso é acidentado e tem algum declive, mas não apresenta dificuldades de maior nesta parte inicial.


O percurso seguiu junto à berma. Imagem de Pedro Sequeira.



Vegetação mais comum junto à falésia, por Pedro Sequeira.



Descendo poucas centenas de metros avista-se ao fundo a Pedra Pombeira, uma das referências na Malhada. Um pouco mais abaixo encontramos a Ribeira do Louriçal. Até este ponto o percurso é relativamente fácil. As dificuldades aumentam um pouco para chegar mesmo até à Malhada, especialmente na parte final que terá que ser feita com auxílio de cordas, que lá se encontram colocadas por pescadores.


Malhada do Ouriçal ao fundo, por Carlos Muralhas.



Ribeira do Louriçal com Pedra Pombeira em fundo, por Mário Chainho.



Por cima da Malhada, vista também por Carlos Muralhas.


Mas vale a pena mesmo o esforço, porque a Malhada do Ouriçal proporciona um belo cenário, com os seus calhaus de generosas dimensões e as rochas que emergem água fora criando imagens poderosas. O cenário presta-se tanto a imagens paisagísticas como a captação de alguns detalhes.



Malhada do Ouriçal, por Mário Chainho.



Imagem de Mário Chainho.



Imagem de Mário Chainho.


Imagem de Mário Chainho.



Fomos obrigados a subir novamente e a gastar mais energias. Chegados ao cimo já era hora de almoçar. Rejeitando os caríssimos restaurantes no Cabo da Roca, preferimos ir até a um parque de merendas na Serra de Sintra, apenas a 10 minutos indo de automóvel


Imagem de Pedro Sequeira.



Junto a um parque de merendas na Serra de Sintra, por Mário Chainho.


Na parte da tarde fizemos um percurso no sentido oposto, rumo à Praia da Ursa. Saindo do Cabo da Roca encontramos à algumas centenas de metros uma placa gasta indicando para a esquerda a Praia da Ursa. Descobrimos mais tarde que este não é o caminho mais directo nem o mais acessível para chegar à Ursa. Após seguirmos no carro um percurso bastante acidentado, a estrada de terra batida chegou ao fim. Daí para a frente seguimos na dúvida, apesar das indicações do percurso retiradas da Internet. Pelo caminho fomos aproveitando para registar a flora local.


Imagem de Pedro Sequeira.



Imagem de Carlos Muralhas.


O avistar das grandes rochas ao fundo, a Pedra da Ursa e a Gigante, não queriam dizer que o destino se encontrava a dois passos. Havia ainda que saltar uma ribeira para o lado de lá e depois para o lado de cá novamente e entrar mais uma vez numa descida algo problemática até chegar à areia da praia. Não sendo este percurso já para todos, vimos no local outras pessoas que propositadamente procuraram caminhos ainda mais tortuosos para a sua recreação pessoal.



Praia da Ursa já avistada, por Mário Chainho.


Praia da Ursa, por Carlos Muralhas.


A Praia da Ursa já vale bastante como praia em si, tendo um areal já com uma boa extensão. Além de que muito dificilmente será um local popular devido às dificuldades de acesso. Lá podemos encontrar corredores sinuosos onde a água aflora ladeada pelas rochas avermelhadas. Mais a norte encontramos uma cascata, da qual se conseguiu fazer um registo apesar das dificuldades. O contraste entre o céu e o resto da zona enquadrada era enorme. A exposição que se quis minimamente equilibrada requeria um tempo de obturação relativamente elevado. Sem tripé, lá se conseguiu com algum engenho obter uma imagem razoavelmente definida.



Imagem de Carlos Muralhas.


Imagem de Pedro Sequeira.


Na Praia da Ursa descobrimos um caminho bastante mais razoável para de lá sair e que percorremos novamente quando lá voltamos umas semanas mais tarde. Mas parte do prazer da exploração esteve mesmo na incerteza e nas dificuldades maiores que o necessário.


Imagem de Carlos Muralhas.


Texto de Mário Chainho.

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